Nove em cada dez contribuintes estrangeiros a trabalhar em Portugal recebem um salário até mil euros. Maioria trabalha nas áreas do turismo, construção e serviços de apoio.
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São mais de 1,3 milhões de postos de trabalho ocupados em Portugal por imigrantes, e os salários brutos são, na sua esmagadora maioria, inferiores a mil euros, de acordo com o jornal "Negócios".
Nove em cada dez remunerações destes trabalhadores não passam os mil euros brutos, segundo dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Apenas 13% dos contribuintes estrangeiros recebem um salário superior.
A proporção de contribuintes estrangeiros entre os escalões de salários mais elevados (acima de 2500 euros brutos) é quatro vezes inferior à dos portugueses, anota o jornal. Apenas um em cada dez postos de trabalhos ocupados por estrangeiros paga acima de mil euros, enquanto no caso dos portugueses isso acontece com quatro em cada dez.
Os setores de atividade que absorvem mais mão de obra estrangeira são onde predominam as ocupações menos qualificadas. Mais de metade dos imigrantes trabalha nas áreas do turismo, construção ou em atividades administrativas e serviços de apoio, onde os salários são mais baixos.
Numa análise aos dados do ano passado, o jornal explica ainda que as áreas da agricultura e da pesca são os que têm maior dependência de mão de obra estrangeira, que representa 61,1% nestas atividades.
Os dados revelam ainda que são também os trabalhadores estrangeiros os que dependem mais de segundos empregos.