O opositor social-democrata de Angela Merkel nas legislativas do outono, Peer Steinbrück, responsabilizou a chanceler alemã pela rejeição do plano de resgate europeu para Chipre e considerou ter existido um "erro político flagrante".
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"A rejeição do plano de resgate europeu pelo parlamento cipriota mostra que este projeto negociado com a contribuição notável do ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, e com o aval da chanceler, falhou", afirmou Peer Steinbrück em comunicado, citado pela AFP.
Para o social-democrata, "a participação pedida também aos pequenos investidores deu origem a receios que só inflamaram a crise. Trata-se de um erro político flagrante".
"No entanto, é ainda da responsabilidade de Chipre apresentar a sua contribuição para a resolução da crise e de tomar as decisões necessárias", acescentou.
O parlamento cipriota rejeitou hoje o plano de resgate dos credores internacionais que previa a aplicação de um imposto sobre depósitos bancários superiores a 20 mil euros.
De acordo com os meios de comunicação locais, o Governo irá agora procurar renegociar os termos do acordo com a 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) e ao mesmo tempo encontrar outras maneiras de garantir os 5,8 mil milhões de euros pedidos em contrapartida de um empréstimo de 10 mil milhões.
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Lusa/fim
Este texto da agência Lusa foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.