<p>Os accionistas da Papelaria Fernandes aprovaram esta sexta-feiraem Assembleia Geral a proposta da administração de declarar a insolvência da empresa "objectivando a recuperação da sociedade", bem como o pedido de exclusão das suas acções em bolsa.</p>
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"Neste momento precisamos de tranquilidade para executar as decisões da AG", declarou o presidente do conselho de administração da Papelaria Fernandes, José Ortigão Sanches, à agência Lusa, sem querer, para já, tecer mais comentários sobre o futuro.
Foram aprovadas pela maioria dos accionistas, com uma abstenção, as propostas que mandatam o conselho de administração para "de imediato, instruir e apresentar ao Tribunal do Comércio um requerimento de declaração de insolvência, bem como de todas as suas participadas, com vista à instauração de um processo de insolvência objectivando a recuperação da sociedade".
Entre outras medidas apresentadas, destaca-se a autorização dada para que o conselho de administração apresente "um plano de viabilização" que "contemple a cessão daqueles negócios a uma nova sociedade a constituir" que "permita cumprir o acordo de pagamentos que venha a resultar no processo de insolvência".
Outro ponto aprovado passa por requerer à Euronext Lisboa "a exclusão das acções da sociedade da negociação em mercado regulamentado e a sua admissão no mercado sem cotações, mas mantendo-se a intenção de, uma vez concluído o processo de insolvência, voltar de imediato a requerer-se a sua readmissão à mesma negociação".
A CMVM revelou que irá "manter a suspensão da negociação das acções emitidas pela Papelaria Fernandes até que seja apreciado o pedido pela Euronext Lisboa".