<p>O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu, hoje, quinta-feira, que as medidas para reduzir o défice do Estado devem ser implementadas tão cedo quanto possível. </p>
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"Esse esforço adicional deve começar tão cedo quanto possível, o que significa, portanto, que se o Governo deixar tudo pronto a tempo de começar a implementar algumas das medidas já em Junho, isso deverá ser feito, com certeza", afirmou o líder social democrata.
Pedro Passos Colho comentava assim o anúncio do primeiro ministro, José Sócrates, de que os portugueses vão já passar a pagar mais IRS a partir de Junho no âmbito das medidas para acelerar a redução do défice do Estado.
"Está nas mãos do Governo saber se consegue de uma forma expedita pôr as medidas em prática mais cedo ou não", insistiu aos jornalistas.
O líder do PSD falava hoje em Lordelo, Paredes, à margem da visita que realizou a uma feira de mobiliário que decorre neste concelho do distrito do Porto.
Pedro Passos Coelho admitiu que nas negociações com o Governo ficou previsto que o objectivo seria reduzir 1% o défice público durante o segundo semestre, ou seja, a partir de Julho, mas reafirmou que "se for possível mais cedo tomar as medidas, quer do lado da receita, quer do lado da despesa, isso reforça o objectivo de chegar ao final do ano com um desempenho melhor".
"O Governo está a fazer o possível para que todas as medidas possam ser implementadas mais cedo. O pior que pode acontecer ao país é continuar a fazer de conta que não há um problema", observou.
O líder social-democrata espera também que as medidas do lado da despesa avancem o mais rapidamente possível.
"Tão cedo quanto possível, o Governo deve dar o exemplo de que a Administração vai executar rapidamente as medidas que ficaram acordadas. O Governo não precisa de ficar à espera da publicação de algumas das medidas às quais demos o nosso acordo para reduzir a despesa pública para começar efectivamente a cortar na despesa", defendeu.
O presidente do PSD criticou o executivo de José Sócrates por este ter "há uns meses atrás desvalorizado a necessidade de ter um plano B".
"Ao fazê-lo, [o Governo] colocou o país numa posição mais difícil. Foi justamente por não termos feito essa parte do trabalho de casa para este ano que tivemos agora de pagar com condições mais difíceis", concluiu.