Passos diz que "estamos a viver mais de acordo com as possibilidades da economia"
O primeiro-ministro disse, esta quarta-feira, no Tramagal, Abrantes, que os portugueses estão hoje a viver de acordo com as possibilidades do país, tendo afirmado que, se a economia crescer, também o nível de vida poderá voltar a subir.
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"Ao contrário do que acontecia no passado, estamos hoje a viver mais de acordo com as possibilidades da nossa economia. Queremos, naturalmente, alargar a base da nossa economia e obter dentro de pouco tempo uma possibilidade de crescimento ainda mais intensa para que a economia remunere melhor os seus fatores e a sociedade", afirmou na fábrica da Mitsubishi, que hoje comemorou 50 anos de produção automóvel.
"Portugal tem conquistado nos últimos três anos mais quota de mercado externo e melhor desempenho na exportação de bens, subindo 4,6% em 2013", disse o primeiro ministro, tendo sublinhado que os dados "significam que, pela primeira vez, temos uma balança excedentária favorável sobre o exterior e que não necessitamos de financiamento externo".
Passos Coelho apontou para um défice público reduzido "para quase metade, inferior ao da Espanha e da Irlanda".
"Ainda assim", acrescentou, será de cerca de 5% em 2013".
"O défice estrutural, por sua vez, será pouco superior a 3%", observou, tendo acrescentado que o mesmo "permitirá, previsivelmente, ter condições para um excedente primário até 2017, o que será muito importante".
"Portugal vai precisar do investimento estrangeiro nos próximos anos para voltar a crescer", disse ainda o primeiro-ministro, que defendeu a criação de "pontes" entre Portugal e os outros países, exemplificando com a parceria da Mitsubishi, que envolve Portugal, Alemanha e o Japão.
"Sabemos que o caminho que temos pela nossa frente é sustentado, na medida daquilo que a própria economia possibilitar", advogou.
"Os próximos três anos são decisivos para a economia e aí é que o investimento externo vai ser decisivo para a economia crescer. Nunca conseguimos crescer sem captação de investimento externo, mesmo que o Estado seja frugal", vincou.