Os representantes da "troika" estiveram reunidos durante cerca de uma hora e meia com o líder do CDS--PP, Paulo Portas, abandonando a sede do partido sem prestar qualquer declaração aos jornalistas.
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O primeiro a transpor as portas da sede do partido popular, em Lisboa, foi o representante do Fundo Monetário Internacional, Poul Thomsen, e minutos depois foi seguido pelos representantes do Banco Central Europeu, Rasmus Ruffer e da Comissão Europeia, Jurgen Kroger.
Na reunião, que teve início por volta das 14 horas, a delegação do CDS-PP foi chefiada por Paulo Portas, que teve ao seu lado Assunção Cristas, vice-presidente do partido e Pedro Mota Soares, líder parlamentar.
Quando chegou à sede do partido pelas 12 horas, Paulo Portas avançou que no final da reunião iria fazer "uma avaliação realista e enquadrada".
A direção do CDS-PP fará uma declaração sobre o documento da `troika" mas ainda não anunciou se será hoje ou quinta-feira, disse à Lusa fonte do partido.
Minutos depois de a delegação do BCE, FMI e CE sair do Largo Adelino Amaro da Costa, registou-se um breve incidente à porta da sede do CDS.
Dois rapazes colocaram rapidamente uma faixa na porta da sede do CDS-PP com a seguinte inscrição: "FMI abre Portas coligação PSD/CDS/FMI", retirada minutos depois por uma funcionária do partido.
Os dois rapazes juntaram-se depois ao pequeno grupo de jovens que os acompanhava e saíram do local em silêncio, recusando prestar declarações aos jornalistas.
Os peritos da `troika" já estiveram hoje de manhã reunidos com o PSD, na sede do partido, em Lisboa.
O primeiro-ministro, José Sócrates, disse na terça-feira à noite, numa comunicação ao país, que o Governo conseguiu um "bom acordo" com a 'troika' internacional com vista à ajuda financeira a Portugal.
O empréstimo será de 78 mil milhões de euros durante três anos e inclui a recapitalização da banca, caso seja necessária.