Os representantes da "troika" reúnem-se, esta quarta-feira de manhã, com PSD e CDS-PP, depois do primeiro-ministro ter anunciado que Portugal chegou a acordo para a ajuda financeira a Portugal. BE, PCP e Verdes são recebidos pelo ministro da Presidência.
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O encontro entre representantes do Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e União Europeia com os sociais-democratas está previsto para as 10 horas, na sede do partido.
Já Bloco de Esquerda, PCP e Verdes serão recebidos pelo ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, na Presidência do Conselho de Ministros, em encontros separados, a partir das 11 horas.
Numa comunicação ao país, o primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou que foi alcançado "um bom acordo" para o país, sublinhando que não estão previstos despedimentos nem cortes dos salários na função pública.
De acordo com fonte do gabinete de José Sócrates foi a "troika" que insistiu para que fosse o primeiro-ministro português a anunciar que o acordo estava concluído.
Segundo a mesma fonte, foi por "uma questão de respeito aos partidos da oposição" que os detalhes do acordo alcançado não foram divulgados.
O acordo prevê um montante global de ajuda financeira de 78 mil milhões de euros e terá uma duração de três anos, tendo como meta um défice este ano de 5,9% (e não já 4,9%), 4,5% em 2012 e 3% em 2013.
Tendo ao seu lado o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, cujo papel nas negociações elogiou, o primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou que o acordo não mexe nos 13.º e 14.º meses dos trabalhadores no activo e reformados e nem os substitui por nenhum título de poupança.
Segundo Sócrates, o acordo alcançado com a "troika" internacional prevê expressamente o aumento das pensões mínimas, sendo apenas previsíveis alterações nas pensões que têm um valor superior a 1500 euros.