A Porsche Portugal reforça a partir de amanhã, sábado, a sua "gama mais emblemática" com o novo 911 Turbo, mas o modelo que sustentou as suas vendas em 2009 foi o polémico Cayenne Diesel, com 40 % do total.
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Segundo a Associação Automóvel de Portugal (ACAP), entre Janeiro e Outubro de 2009 as vendas da Porsche no mercado nacional cresceram 12,4 por cento relativamente ao mesmo período do ano passado, passando de 193 para 217 unidades comercializadas, subida que os responsáveis da marca alemã atribuem ao seu primeiro modelo a gasóleo.
"Quarenta por cento das nossas vendas são sustentadas pelo Cayenne Diesel", disse à agência Lusa o chefe do Departamento de Relações Públicas e Marketing da Porsche Ibérica (Portugal), frisando que a introdução do motor a gasóleo no SUV atraiu clientes que recusavam ter um modelo do género a gasolina.
De acordo com Nuno Costa, além de ter introduzido um motor diesel pela primeira vez na gama, "o que muita gente criticou imenso", o aumento das vendas da marca alemã de desportivos de luxo também se deve ao facto de ter um novo 911 (997), lançado em Fevereiro, e de o Boxster e o Cayman serem modelos ainda recentes.
"Deveríamos estar a apanhar uma quebra de 40 por cento, mas não estamos porque neste 'ano do furacão' - o pior ano de sempre para qualquer indústria - conseguimos aumentar as vendas à conta de um modelo que incorporámos agora. Se não fosse isso estávamos muito mal", adiantou.
O novo 911 Turbo, que começa a ser vendido sábado em Portugal e Nuno Costa classifica como "o expoente máximo" daquela gama, possui um motor 3.8 boxer com dois turbos de geometria variável totalmente desenvolvido de raiz, o que acontece pela primeira vez na história do modelo.
A sétima geração do modelo, que se estreou em 1974, quase duplica a potência da versão original (260 contra 500 cavalos), atinge os 312 km/h e demora 3,4 segundos a atingir os 100 km/h, com, segundo a marca, um consumo médio a rondar os 12 l/100 km e emissões de CO2 18 por cento inferiores ao antecessor.
Com preços a partir de 177 597 euros, o 911 Turbo é produzido em Zuffenhausen e foi apresentado à imprensa mundial em Portugal, nas três primeiras semanas de Outubro, após no mês anterior ter sido uma das estrelas do Salão de Frankfurt.
"Tivemos cá 600 jornalistas e 40 cadeias de televisão. Para nós, ter esta apresentação em Portugal foi excepcional, pelo retorno que teve para o país", disse Nuno Costa.
A Porsche, que espera terminar o ano de 2009 com 260 unidades vendidas em Portugal, prevê comercializar entre 25 e 30 911 Turbo em 2010, mais cerca de cinco do que acontecia com a geração anterior.
"Já temos nove carros pedidos. Temos alguns que vamos entregar já, porque já os temos prontos. Os nove serão todos entregues até Janeiro", afirmou, frisando que a marca terá "o melhor resultado de sempre" em Portugal se cumprir as previsões de vendas para 2009.
Segundo o seu chefe do Departamento de Relações Públicas e Marketing, a vantagem da Porsche Portugal - que recentemente inaugurou um quinto concessionário, com Braga a juntar-se a Lisboa, Porto, Leiria e Faro - é ser "uma equipa pequena e uma estrutura de custos muito fechada".