"Portugal vai continuar na rota de empobrecimento" e défice está por controlar, diz PSD
O deputado do PSD Miguel Frasquilho considerou hoje que as previsões antecipam que "Portugal vai continuar na rota de empobrecimento" e com "dificuldades acrescidas" em controlar as contas públicas.
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Em declarações à agência Lusa, Miguel Frasquilho sublinhou que, de acordo com as previsões da Comissão Europeia hoje divulgadas, "Portugal só cresce acima da média da União Europeia em 2009, e com um crescimento negativo" de 2,9 por cento.
"Em 2010 e 2011 Portugal é dos países que menos crescem. O que se prevê é que Portugal vá continuar a empobrecer, a perder terreno face à média da União Europeia e que a vida em Portugal vá cada vez mais difícil", acentuou o deputado e vice-presidente do grupo parlamentar do PSD.
"É um cenário económico que não é favorável a Portugal. Portugal vai continuar na rota de empobrecimento e de definhamento em que já está há cerca de dez anos", acrescentou Miguel Frasquilho.
Quanto ao défice, o deputado social-democrata disse que "são projecções muito negras, de oito por cento em 2009 e 8,7 por cento em 2011".
"Isto significa que Portugal vai ter dificuldades muito, muito acrescidas para colocar as contas públicas em ordem. O primeiro-ministro tem dito: pusemos as contas públicas em ordem. Não pusemos nada. Os dados são reveladores dessa realidade", considerou.
Embora os dados hoje divulgados sejam, "em geral, menos negativos do que as previsões anteriores", indicam que "os portugueses vão continuar a ter uma vida muito complicada e sem perspectivas animadoras pelo menos até 2011", resumiu.
Segundo Frasquilho, nestas previsões "Bruxelas antecipa a manutenção da política económica, porque o Governo é novamente socialista, as caras, boa parte delas, são as mesmas", e impõe-se uma mudança de política económica em Portugal.
"Seria altura de o Governo mostrar abertura para as propostas -- nomeadamente do PSD -- que vão no sentido de alterar o modelo de desenvolvimento do país, com uma aposta no apoio às pequenas e médias empresas (PME) e às exportações", defendeu.
De acordo com as previsões de Outono da Comissão Europeia, a economia portuguesa vai decrescer 2,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Para 2010 o crescimento previsto é de 0,3 por cento e para 2011 de 0,1 por cento. A taxa de desemprego estimada para este ano e para 2010 é de nove por cento.