A taxa de inflação subiu 4% em Março, comparativamente ao mesmo mês de 2010, reflectindo a evolução do preço internacional do petróleo que fez os produtos energéticos dispararem 13,3% em termos homólogos.
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De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de variação homóloga em Março situou-se em 4 por cento, valor superior em 0,5 pontos percentuais ao registado em Fevereiro.
Excluindo do Índice de Preços no Consumidor (IPC) a energia e os bens alimentares não transformados, a taxa de variação homóloga foi de 2,4% (mais 0,5 pontos percentuais do que em Fevereiro).
Os produtos alimentares não transformados tiveram uma variação mais moderada em Março de 2011 (4,6 por cento) do que no final de 2010 (5%), mas mantêm a tendência para subir.
As classes que mais contribuíram para a evolução positiva do índice foram a dos transportes, com uma variação homóloga de 9,89%, bebidas alcoólicas e tabaco (8,83%), habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis (5,72%) e comunicações (4,69%).
O IPC apresentou uma variação mensal de 1,6%, sendo a classe do vestuário e calçado, com uma variação de 29,7%, a que mais contribuiu para esta evolução.
Destaca-se também a contribuição dos transportes que registaram uma variação mensal de 1,8% (1,5% em Março de 2010).
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, que compara a inflação entre os diferentes países da União Europeia, apresentou, em Março, uma variação homóloga de 3,9% (mais 0,4 pontos percentuais do que em fevereiro).
De acordo com os últimos dados relativos à evolução dos preços na área do Euro, a taxa de inflação média portuguesa foi superior em 0,1 pontos percentuais à dos países da zona euro, em Fevereiro de 2011.
Em Março, o Eurostat estima que esta diferença deve aumentar para 0,2 pontos percentuais.