O presidente da Galilei manifestou-se, esta sexta-feira, indignado com a decisão do Banco de Portugal de aplicar à sua sociedade uma coima de quatro milhões de euros, provocando a liquidação do grupo e o fim de 1500 empregos.
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Fernando Lima falava na comissão parlamentar de inquérito sobre a nacionalização e reprivatização do Banco Português de Negócios (BPN).
"Em nome da Galilei, ex-Sociedade Lusa de Negócios (SLN), quero manifestar a minha estupefação e indignação pelo facto de ter tomado conhecimento esta manhã que o Banco de Portugal aplicou uma coima de quatro milhões de euros à sociedade Galilei, quando aos restantes arguidos individuais o Banco de Portugal aplicou valores inferiores a um milhão de euros", declarou o gestor.
De acordo com o Fernando Lima, a decisão do Banco de Portugal significa, na prática, que "o grupo de sociedades que foi prejudicado por práticas de pessoas singulares - e que deveria ser compensado - está em risco de ter de pagar uma quantia que pode conduzir à sua liquidação de vez"
A decisão do Banco de Portugal, acrescentou o presidente da Galilei, "é absurda, e, mais grave, poderá levar 1500 trabalhadores para o desemprego, para além das economias de cerca de 1100 acionistas que ali colocaram as suas pequenas poupanças".