A fábrica de Mangualde da Peugeot Citroën, que detém 25,7 por cento de quota de mercado em Portugal, registou uma quebra de produção de carros de 11,2 por cento até junho, segundo a Associação Automóvel de Portugal (ACAP).
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Segundo a ACAP, a unidade portuguesa do grupo francês produziu menos 3.144 carros no primeiro semestre do que no mesmo período no ano passado, passando dos 28.037 para os 24.893 de janeiro a junho deste ano.
Os dados de quebra de produção de carros em Mangualde surge numa altura em que a Peugeot Citroën anunciou hoje que vai cortar 8.000 postos de trabalho em França, devido a uma quebra de vendas acentuada no mercado europeu.
O diretor financeiro da PSA Peugeot Citroën de Mangualde, Elísio Oliveira, garantiu à Lusa que a fábrica soube redimensionar-se e, mesmo com uma quebra nas vendas na Europa, manterá os seus 900 postos de trabalho.
"A empresa de Mangualde tem sido muito reativa e, logo no final do primeiro trimestre, redimensionou-se, passando de três para duas equipas, para não ser uma empresa problemática no seio do grupo", afirmou Elísio Oliveira à agência Lusa.
Em abril, a empresa deixou de ter o terceiro turno de produção, não renovando os contratos aos 350 trabalhadores que o integravam. Retomou então a produção em dois turnos, acabando com a equipa da noite, que tinha entrado em novembro de 2010.
A ACAP divulga também os dados da Volkswagen Autoeuropa, que detém cerca de 70 por cento do fabrico de carros em Portugal, assinalando que obteve uma quebra na produção no primeiro semestre de 2,7 por cento relativamente a 2011, atingindo os 67.060 veículos das marcas Volkswagen e Seat.
Os dados da ACAP indicam também que, dentro da produção da Autoeuropa para exportação, os modelos da Volkswagen obtiveram uma queda na produção de 6,6 por cento, compensada por um aumento de 34,1 por cento dos modelos da Seat, embora a marca espanhola represente apenas um terço de toda a produção da fábrica de Palmela.