O principal índice da bolsa portuguesa, o PSI 20, seguia esta segunda-feira a perder, em contraciclo com as principais bolsas da Europa, depois do Tribunal Constitucional ter chumbado, na sexta-feira, quatro normas do Orçamento do Estado de 2013.
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As normas chumbadas referem-se à suspensão do pagamento do subsídio de férias a funcionários públicos, aos contratos de docência de investigação e aos pensionistas e a criação de uma taxa sobre as prestações por doença e por desemprego.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu no domingo que o Governo não irá aumentar os impostos como forma de compensar as normas orçamentais chumbadas, optando por reduzir a despesa pública com a segurança social, saúde, educação e empresas públicas.
Pelas 08.30 horas, o PSI 20 seguia a recuar 0,74%, para 5594,83 pontos, com 16 empresas do índice a negociarem em terreno negativo, uma inalterada (a Cofina) e duas positivas.
Do lado das perdas, a banca era o setor que mais pressionava as negociações, com o Banif e o BCP em destaque, a recuarem 5,22% e 3,53%, para 0,11 e 0,8 euros, respetivamente.
O BPI e o BES seguiam igualmente em desvalorização, com perdas de 3,35% e 2,31%, para 0,89 e 0,72 euros.
A Novabase e a PT, por sua vez, eram as únicas ações em terreno positivo, subindo 1,54% e 0,16%, para 2,64 e 3,85 euros.
Lisboa seguia a contrariar a tendência dos principais congéneres europeias, com os investidores a continuar esta semana pendentes dos desenvolvimentos da situação em Chipre e das conversações para formar Governo em Itália.
O euro abriu hoje em baixa no mercado de divisas de Frankfurt, a cotar-se a 1,2979 dólares, enquanto o barril de petróleo Brent para entrega em maio abriu em alta, a cotar-se a 104,56 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mais 0,44 dólares do que no fecho de sexta-feira.