A Portugal Telecom tem 5,4 mil milhões de euros em caixa e em linhas bancárias já negociadas, o que lhe permite olhar com alguma indiferença - por estar menos exposta - para a elevada probabilidade de as agências financeiras lhe baixarem o rating nos tempos mais próximos na sequência do que fizeram ao País.
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É, aliás, quase inevitável que um downgrade da República acabe por ter um efeito dominó e arraste as principais empresas nacionais. Ainda assim, Zeinal Bava, chief executive officer da PT, prefere sublinhar a liquidez da empresa - a venda da participação na Vivo foi essencial - e a capacidade que tem para atravessar os tempos mais próximos sem sofrer o impacto de uma nova queda na notação que faria subir os custos de financiamento.
"A verdade é que não se pode ignorar o impacto do risco soberano, mas a PT está financiada até Abril de 2014. Temos um custo de dívida de 3,5% e as nossas taxas de juro são fixas", justificou Zeinal, no dia em que a operadora apresentou os resultados provisórios do primeiro semestre, ainda sem consolidar os números da brasileira Oi (que serão conhecidos a 15 de Agosto e que só entram nas contas da PT duas semanas depois).