O ministro das Infraestruturas assegurou, esta segunda-feira, que o plano de reestruturação da TAP está fechado e que não sofrerá alterações face ao conflito na Ucrânia, acrescentando que não se deverá verificar um aumento nos preços dos transportes.
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"A TAP tem um plano de reestruturação aprovado em Bruxelas, com um determinado montante e está fechado. Ponto final parágrafo. Tudo o que vier a acontecer para toda a gente, vamos ver. Não conseguimos antecipar tudo", apontou Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas, à margem da celebração dos 77 anos da TAP, em Sintra.
O governante reconheceu que a atual conjuntura "é difícil" para todas as economias e setores, mas vincou que as consequências que a TAP sofrer serão as mesmas vivenciadas pelas restantes companhias aéreas.
Questionado sobre a possibilidade de uma subida no preço dos transportes, Pedro Nuno Santos assegurou que não está prevista. "A TAP é uma realidade dentro dos transportes coletivos de passageiros e aí, embora não sendo a área que tutelo, não está em causa nenhum aumento de preços", precisou.
Por sua vez, a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, disse que a companhia está "atenta à subida do preço dos combustíveis" e vai tentar, "o máximo possível", mitigar esta escalada.
"Estamos num mundo muito competitivo e vamos ver o que as outras companhias aéreas vão fazer [face a este aumento] e reagiremos, tendo em conta o plano de custos", disse, referindo-se a uma possível subida do preço dos bilhetes de avião.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.