A reunião do Eurogrupo, que deveria ter começado às 18 horas, em Bruxelas, está atrasada uma vez que ainda decorrem conversações entre o primeiro-ministro grego e os credores sobre as novas propostas de Atenas.
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No entanto, apesar de ainda continuar a reunião que começou ao início da tarde entre Alexis Tsipras, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, já começaram a chegar vários ministros das Finanças ao edifício onde se realiza o Eurogrupo pelo que não se deverão confirmar as informações que apontavam para um adiamento do encontro.
A questão agora passa por perceber se o Eurogrupo (marcado inicialmente para as 19 horas locais) conseguirá pôr fim ao impasse quanto às medidas a executar por Atenas que permitam fechar o atual programa de resgate e assim desbloquear a última 'tranche' de ajuda financeira, de 7,2 mil milhões de euros - essencial para as autoridades gregas conseguirem honrar atempadamente os seus compromissos.
Este Eurogrupo foi anunciado na segunda-feira, no final de uma cimeira dos chefes de Estado e de Governo da zona euro convocada com caráter de urgência para discutir a situação da Grécia, e no dia em que as novas propostas apresentadas por Atenas foram consideradas uma "boa base" de trabalho com vista a um entendimento.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, falou então mesmo na possibilidade de se chegar a um acordo com a Grécia "no fim desta semana".
Entretanto, as posições parecem ter voltado a afastar-se, esta quarta-feira, com o primeiro-ministro grego a lamentar a "repetida rejeição" de medidas pelos credores, apontando que tal "nunca aconteceu com Irlanda nem Portugal" e acrescentando que essa atitude pode ser interpretada como a falta de vontade em ser alcançado um compromisso.
Segundo vários meios de comunicação social, os credores querem mais cortes nas pensões e mais aumentos do IVA (imposto sobre o consumo) e uma subida menor no imposto proposto pelo Governo helénico sobre as grandes empresas.