O antigo líder do BES Ricardo Salgado disse que nas reuniões que manteve com políticos em 2014 não pediu favores mas procurou alertar os responsáveis para o "risco sistémico" que a queda do banco poderia causar.
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"Não fui pedir qualquer favor", sinalizou o ex-banqueiro, acrescentando que procurou nas reuniões com responsáveis políticos - casos do presidente da República e do primeiro-ministro, entre outros - garantir "apoio institucional" para o BES e alertar para um eventual "risco sistémico".
"Infelizmente não estava enganado", prosseguiu Salgado, que falava na comissão de inquérito à gestão do caso BES e Grupo Espírito Santo (GES).
A exposição inicial de Ricardo Salgado teve cerca de uma hora, tendo arrancado pelas 15.10 horas.
A comissão de inquérito teve a primeira audição a 17 de novembro passado e a audição desta quinta-feira de Salgado é a primeira repetição nesta comissão.
Os trabalhos dos parlamentares têm por objetivo "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".