O Sindicato dos Trabalhadores da Indústrias Transformadoras, Energias e Actividades do Ambiente do Centro Norte vai apresentar queixa na Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) contra a PSA Peugeot-Citroen de Mangualde por entender que a empresa não respeitou a lei da greve.
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Em dia de greve geral, convocada pela CGTP, a unidade de Mangualde "esteve quase parada entre as 23 e a 00.30 porque faltaram cerca de 60 dos 250 trabalhadores" que deveriam ter iniciado o turno às 23 horas, explicou ao JN Jorge Abreu, membro do Sindicato.
Para colmatar a falha "alguns operários que entraram às 15h00 e que estavam a terminar o turno tiveram de continuaram a trabalhar para substituírem os que faltaram", acrescentou.
"Os trabalhadores que aderirem à greve não podem ser substituídos por outros, pelo que consideramos que a lei não foi respeitada pela empresa e, por isso, o Sindicato vai apresentar queixa na ACT", explicou Jorge Abreu, também presidente da Comissão de Trabalhadores (CT).
Segundo os dados do Sindicato , o setor da pintura foi o mais afetado, sendo que numa das linhas , faltaram 12 dos 20 de trabalhadores que ali asseguram a produção, tendo a empresa recrutado pessoas de outras linhas.
Durante o turno da noite, a empresa produz 69 viaturas. O Sindicato estima que entre as 23 e a 00.30 horas deixaram de ser produzidos entre 12 a 13 veículos.
A comissão de Trabalhadores apoia a greve convocada para esta quinta-feira por estar contra o fim do terceira equipa, anunciada para 17 deste mês, devido à quebra verificada no mercado automóvel, colocando 350 trabalhadores no desemprego .
Os 350 trabalhadores que vão ser dispensados também vão ver descontadas no vencimento as horas de trabalho que devem à empresa, ao abrigo da Bolsa de Horas, que a CT sempre considerou ilegal.