O Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Calçado, Malas e Afins (SNPIC), diz “lamentar” o despedimento de 54 trabalhadores confirmado, esta sexta-feira, pela multinacional dinamarquesa Ecco, em São João de Ver, Santa Maria da Feira.
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“Lamentamos muito que estes despedimentos estejam a acontecer e vamos analisar os fundamentos e critérios que estão a ser evocados pela empresa e se os mesmos se vão verificar na seleção dos trabalhadores”, afirmou, ao JN, a coordenadora do Sindicato, Fernanda Moreira.
A responsável não deixa de reconhecer que, atualmente, “não há tanta procura devido ao menor consumo e a Ecco não é exceção”.
Contudo, Fernanda Moreira considera que os despedimentos estão relacionados com opções tomadas a nível do Grupo Ecco. “Se as encomendas fossem encaminhadas para serem produzidas em Portugal em vez de outras empresas externas à Ecco, se calhar teríamos mais emprego e não despedimentos”, afirmou. “Vamos reunir e, em breve, tomaremos uma posição mais pormenorizada sobre o assunto”, prometeu.
Em declarações à agência Lusa, a empresa diz que, “apesar de ser uma decisão difícil que afeta bons e dedicados profissionais, esta restruturação é uma etapa necessária para garantir a competitividade e a sustentabilidade a longo prazo da Ecco Portugal”. Garante, ainda, “conduzir este processo com transparência e respeito por todos os colaboradores afetados, fornecendo apoio durante este período de transição”. Isso incluirá, realça, “benefícios de saída, conforme é prática habitual da empresa”.