Representantes dos sindicatos e da administração da empresa Soflusa, responsável pelas ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa, reuniram esta segunda-feira, mas não chegaram a acordo, estando prevista para breve a marcação de greves.
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"Esta reunião tem um balanço preocupante", disse Frederico Pereira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, à Agência Lusa.
Para explicar a sua conclusão, afirmou que "não foram resolvidas as questões que preocupavam os trabalhadores, como o cumprimento do estabelecido no Acordo de Empresa", além de que os sindicalistas foram informados da preparação das empresas do Grupo, a Soflusa e a Transtejo, sem que fossem adiantadas "quais serão as condições para os trabalhadores".
O dirigente sindical referiu que vai ser pedida uma reunião de emergência com a tutela, para que possam ser recolhidas mais informações sobre esta alegada fusão das empresas do grupo.
"Vamos pedir uma reunião à tutela e em breve vamos realizar um plenário com os trabalhadores para lhes dar conta do resultado da reunião. De certeza que vamos avançar com formas de luta, como greves, pois estamos a ser empurrados para isso", afirmou.
Frederico Pereira disse ainda que não está prevista mais nenhuma reunião na empresa Soflusa.
"Na Soflusa não está nenhuma reunião prevista. Vai ser realizada, para a semana, uma reunião na empresa Transtejo, mas como a administração é a mesma, pensamos que a resposta deve ser igual", concluiu.
Contactada pela Agência Lusa, fonte oficial da empresa referiu que na reunião foram abordados e dadas respostas sobre todos os pontos, que eram o Acordo de Empresa, as escalas de serviço e o futuro da empresa.
"Sobre o Acordo de Empresa não há condições, face à situação actual, para reabrir negociações. Quanto ao futuro, o que se disse é que apesar da fusão não estar a ser discutida neste momento, está na ordem do dia, aguardando-se por decisões da tutela", referiu.