Nova série de Certificados de Aforro arranca na segunda-feira com juro mais baixo
O Governo aprovou, esta sexta-feira, a criação da Série F de certificados de aforro, que vai substituir a Série E, cuja subscrição foi suspensa hoje. A subscrição vai estar disponível a partir da próxima segunda-feira, com rendimento mais baixo.
Corpo do artigo
De acordo com um comunicado do Ministério das Finanças enviado às redações, a nova Série E vai permitir "a aplicação da poupança por um prazo mais longo, 15 anos, e prevê uma remuneração crescente ao longo do tempo, através de um prémio de permanência".
A taxa base aplicável à série F é "determinada mensalmente, no antepenúltimo dia útil do mês, para vigorar durante o mês seguinte" e "corresponde à média dos valores da Euribor a três meses observados nos 10 dias úteis anteriores, sendo o resultado arredondado à terceira casa decimal", lê-se na nota. A taxa base da nova série F no seu lançamento será de 2,5%. Por sua vez, a estrutura de prémios de permanência crescentes começa em 0,25% entre o segundo e o quinto anos e permite atingir 1,75% adicionais à taxa base nos últimos dois anos anos do prazo máximo de subscrição. Os certificados da série anterior, a E, rendiam 3,5% ao ano, segundo o jornal "Público".
O ministério diz que a Taxa Interna de Rentabilidade (TIR) da nova série F "é muito semelhante" à rentabilidade obtida atualmente com Obrigações do Tesouro para o mesmo prazo de 15 anos.
A portaria estabelece o mínimo de certificados por conta de aforro é de 100 unidades e o máximo será de 50 mil unidades. A portaria define ainda um máximo de 250 mil unidades de certificados da série F acumulado com a série E.
A subscrição dos certificados de aforro da série F poderá ser realizada através do AforroNet, nas lojas dos CTT, na rede de Espaços Cidadão da AMA ou nas redes físicas ou digitais de qualquer instituição financeira ou de pagamentos inscrita no Banco de Portugal e indicadas para o efeito pelo IGCP.
A subida das Euribor, nomeadamente do indexante a três meses - que é usado na fórmula de cálculo da taxa de juro dos Certificados de Aforro - tem aumentado a procura por este produto de investimento, numa altura em que as taxas de juro oferecidas pela banca para os depósitos a prazo registam valores inferiores à remuneração destes títulos de dívida pública. No final de abril, o valor total que os aforradores tinham investido em certificados de aforro ascendia a 28.642 milhões de euros, sendo que cerca de 3.500 milhões de euros resultam de emissões realizadas apenas nesse mês.