O Governo aceitou manter os salários dos trabalhadores da TAP, mas a companhia aérea comprometeu-se a poupar mais de 73 milhões de euros, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Ministério das Finanças.
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Na quarta-feira, fonte do ministério das Finanças disse à Lusa que Governo decidiu permitir que os trabalhadores da TAP mantenham os salários intactos por se tratar de uma empresa em concorrência e em fase de privatização, na sequência de uma notícia divulgada pelo jornal Público.
O ministério tutelado por Vítor Gaspar explicou, por escrito, que "a TAP propôs ao Governo, e foi aceite, fazer um conjunto de adaptações às determinações do Orçamento do Estado (OE), no sentido de permitir o regular funcionamento da empresa, dado um conjunto de especificidades de caráter operacional".
O ministério sublinhou que "foram condições essenciais que se observasse o corte integral dos 13.º e 14.º meses e que se obtivesse o mesmo nível global de poupança (valor equivalente à aplicação integral das disposições do OE), o que decorreria da aplicação das regras sem adaptações".
As poupanças apresentadas pela TAP abrangem, de acordo com a mesma fonte, "a suspensão integral dos subsídios de férias e de natal e redução da média das remunerações variáveis", no valor de 54 milhões de euros, e a "proibição de valorizações salariais, programa de rejuvenescimento dos quadros e revisão do acordo de empresa da SpdH [Groundforce]", que totalizam 19,2 milhões de euros.
No total, a companhia liderada por Fernando Pinto comprometeu-se a poupar 73,2 milhões de euros.
O ministério adiantou ainda que, este ano, vão manter-se os efeitos de redução de custos produzidos por um conjunto de medidas postas em prática no ano passado, "com efeito continuado de cerca de 28 milhões de euros".