Taxa dos depósitos sobe mas bancos ainda pagam metade da média europeia
Remuneração média estava nos 1,81% em agosto, contra 3,03% na Zona Euro. São poucas, mas já há aplicações a darem 4% brutos.
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Depois dos avisos do Banco de Portugal (BdP), os juros dos novos depósitos a prazo continuam a subir, consecutivamente, desde o início do ano, altura em que a remuneração média estava nos 0,56%, que compara com os 1,81% apurados em agosto. Mesmo assim, a banca está a pagar pouco mais de metade da média da Zona Euro, com a quinta taxa mais baixa. No mercado, contam-se cerca de 80 depósitos a igualar (e até a oferecer mais) os certificados de aforro. Sendo certo que, atendendo à inflação, o ganho real é sempre negativo.
Analisando os dados a cinco anos do BdP, a remuneração dos depósitos esteve praticamente estagnada até finais do ano passado. Em agosto de 2018, a banca pagava uma taxa de juro média de 0,15%. Volvidos cinco anos, com a taxa ao nível mais alto desde abril de 2014, pagava 12 vezes mais. Sendo a taxa tanto maior quanto maior o prazo: 1,76% até um ano, respondendo por 87% dos novos depósitos; e 2,10%, para um a dois anos (ver infografia).
Face aos parceiros da Zona Euro, Portugal continua a figurar na cauda, com a quinta taxa de juro mais baixa. No período em análise, de acordo com os dados do Banco Central Europeu, a remuneração média da área do euro estava nos 3,03%.