A operadora espanhola Telefónica recusou-se hoje, quinta-feira, a comentar, oficialmente, a decisão do Tribunal de Justiça da UE, considerando que as "restrições" na Portugal Telecom "não são justificadas".
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"De momento não avaliaremos esta decisão", disse uma fonte oficial da Telefónica, questionada pela Lusa da decisão de Bruxelas.
A 30 de Junho, e apesar da maioria dos accionistas (74 por cento) da PT ter dado luz verde ao negócio, o Estado português usou a “golden share” (direitos especiais), pela primeira vez, para vetar a compra dos 50 % que a operadora tem na Vivo pela Telefónica, numa proposta revista em alta por duas vezes de 7,15 mil milhões de euros. O Governo invocou "interesse nacional" para tomar esta posição.
Na quarta feira, a Telefónica e a PT manifestaram-se disponíveis para discutir o futuro da brasileira Vivo, numa iniciativa que foi aplaudida pelo Governo português.
Esta manhã, o Tribunal Europeu de Justiça considerou que os direitos especiais do Estado na PT são injustificáveis porque colocam restrições à livre circulação de capitais, considerando, assim, que é ilegal a “golden share” do Estado na empresa.