O primeiro-ministro grego pediu ao seu grupo parlamentar para manter a unidade e ficar ao lado do Governo na votação desta noite do acordo com os credores internacionais.
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Alexis Tsipras assegurou que no caso de não conseguir esse apoio será "muito difícil" continuar no cargo. "Se não tiver o apoio do grupo parlamentar, amanhã será muito difícil continuar como primeiro-ministro", assegurou no discurso de encerramento do grupo parlamentar do Syriza.
Pouco antes de começar o debate sobre o texto de reformas, que o parlamento vota em seguida, Tsipras manifestou perante os parlamentares do partido da esquerda radical que "esgotou" todas as possibilidades de negociação e examinou todas as alternativas, antes de pedir aos que não estão de acordo que proponham uma alternativa eficaz.
Tsipras pediu ainda aos deputados para manterem a unidade do partido nestes "momentos históricos, difíceis e críticos", indicaram fontes do Governo citadas pela agência noticiosa Efe.
Nos últimos dias, vários membros do Syriza, incluindo a presidente do parlamento, Zoe Konstandopulu, definiram o acordo como uma "capitulação".
Esta quarta-feira, a ministra-adjunta das Finanças, Nadia Valavani, e dois secretários-gerais apresentaram a demissão.
Entre os ministros "dissidentes" destaca-se o responsável pela Reconstrução Produtiva, Ambiente e Energia, Panagiotis Lafazanis. Este membro da "Plataforma de Esquerda" garantiu que a "unidade do partido" no poder está garantida. "Apoiamos o governo mas não apoiamos as medidas de austeridade", referiu.