Os ministros das Finanças da zona euro alcançaram um acordo político para o desembolso da próxima tranche de ajuda à Grécia, que ascenderá a 43,7 mil milhões de euros, anunciou, no início da madrugada desta terça-feira, em Bruxelas, o presidente do Eurogrupo.
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"Houve um acordo político sobre próximo desembolso para a Grécia. Não se trata apenas de dinheiro. Trata-se da promessa de um futuro melhor para o povo grego e para a zona euro como um todo", declarou Jean-Claude Juncker, no final de uma longa reunião do Eurogrupo, que se prolongou por quase 13 horas e terminou já de madrugada, com um acordo sobre a revisão da ajuda à Grécia.
O presidente do Eurogrupo sustentou que todos os elementos estão agora reunidos para que os Estados-membros lancem os procedimentos nacionais necessários com vista a que a oficialização do desembolso da ajuda - e uma tranche superior ao que estava inicialmente previsto - ocorra já no próximo mês.
Juncker confirmou também o acordo com vista à redução da dívida grega para 124% do PIB até 2020, uma das fórmulas que foi adiando um compromisso ao longo das últimas semanas e que permitirá "cortar" cerca de 40 mil milhões de euros.
Presente na conferência de imprensa, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, acrescentou e sublinhou que o compromisso prevê também uma redução da dívida para "substancialmente menos que 120% do PIB em 2022".
O Eurogrupo anunciou também uma redução das taxas de juro cobradas pelos empréstimos à Grécia, incluindo com efeitos retroativos, e extensão das maturidades.
Também o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, saudou o acordo alcançado no Eurogrupo, lembrando que, à entrada da reunião, "14 horas antes", havia dito que o mesmo era "essencial".
"Este acordo retira a incerteza que rodeou a Grécia durante demasiado tempo", disse.