O secretário-geral da UGT, João Proença, considerou, esta segunda-feira, inaceitável e contestou o facto de terem sido decretados serviços mínimos em algumas empresas públicas de transportes para a greve geral.
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"Não é minimamente aceitável" terem sido decretados serviços mínimos, afirmou João Proença aos jornalistas no Parlamento, no final da audição do Conselho Económico e Social (CES).
"Vamos ver o que decide o tribunal, que vai reavaliar a questão e estamos convencidos que haverá aí algum mal entendido", disse, acrescentando que "a confirmar-se estes 50% dos serviços mínimos, a UGT promete contestar de todas as formas".
Fontes oficiais da Carris e a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) afirmaram à Lusa que já tinham sido definidos serviços mínimos para a greve de quinta-feira.
No caso da STCP, o Tribunal Arbitral definiu o funcionamento de 50% do regime normal das linhas 200, 205, 300, 301, 305, 400, 402, 500, 501, 508, 600, 602, 603, 701, 702, 801, 901, 902, 903, 905, 907, 4M e 5M.
Em Lisboa, a Carris deverá assegurar o funcionamento em 50% do regime normal das carreiras 12, 36, 703, 708, 735, 738, 742, 751, 755, 758, 760, 767 e 790, bem como do transporte exclusivo de deficientes.
Esta será a terceira greve geral em que a CGTP e UGT se juntam, mas apenas a segunda greve conjunta das duas centrais sindicais portuguesas, já que em 1988 a CGTP decidiu avançar e a UGT, autonomamente, também marcou uma greve geral para o mesmo dia.
A greve de quinta-feira foi marcada após o Governo ter anunciado novas medidas de austeridade, nomeadamente a suspensão dos subsídios de férias e de Natal na função pública, assim como o aumento do tempo de trabalho no setor privado.