A UGT defendeu no domingo à noite que os trabalhadores do BES são "um dos eixos de qualquer alteração orgânica" a realizar no banco e disse ter garantias do Governo de que os postos de trabalho e os depósitos estão assegurados.
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O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, anunciou esta noite a injeção de 4900 milhões de euros e a criação do "Novo Banco", resultante da separação dos ativos tóxicos ("bad bank") do Banco Espírito Santo dos restantes.
Em comunicado, a União Geral de Trabalhadores afirma que o secretário-geral da central sindical, Carlos Silva, foi "informado telefonicamente pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, da solução encontrada pelo Governo, Banco de Portugal e Comissão Europeia para resolver a situação" do banco.
Nessa conversa, a UGT "viu garantido pela ministra de Estado e das Finanças que os pilares da solução encontrada defendem os trabalhadores do BES" e avisa que "esse deverá ser um dos eixos de qualquer alteração orgânica a implementar no futuro próximo".
Maria Luís Albuquerque, lê-se na nota da central sindical, garantiu que "os contribuintes não serão penalizados, contrariamente ao que aconteceu com o Banco Português de Negócios (BPN)" e que "todos os clientes terão os seus depósitos salvaguardados - sejam quais forem os montantes das suas aplicações -, independentemente das medidas que vierem a ser tomadas".
Por outro lado, os postos de trabalho no BES "estão salvaguardados e os direitos dos trabalhadores respeitados", refere o mesmo comunicado.
"Na próxima segunda-feira, dia 04 agosto, todos os trabalhadores do BES apresentar-se-ão no seu local de trabalho, da mesma forma como o fizeram até hoje, sem qualquer alteração", garante.
A central sindical afirma ainda que os sindicatos que integram a Federação do Sector Bancário (FEBASE), filiada na UGT, "serão chamados a acompanhar qualquer processo de restruturação que vier a ter lugar, para que qualquer solução que respeite aos trabalhadores possa ser gerida e monitorizada com a maior transparência e estabilidade possíveis".
Os presidentes dos sindicatos dos bancários da FEBASE foram informados das diligências, "a fim de tomarem as providências que entendam necessárias à defesa dos trabalhadores do BES", menciona.