Em dezembro de 2010, Bruno Pereira recebeu um telefonema do seu gestor de conta. Este queria uma reunião, para lhe propor "uma excelente alternativa ao depósito a prazo de 10 mil euros que tinha então na conta": a subscrição de dez obrigações perpétuas subordinadas do BES.
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"Este produto funcionaria como um empréstimo meu ao banco", recorda Bruno, que nada percebia de obrigações, mas deixou-se levar. "As obrigações davam uma taxa de juro anual de 6,7% líquidos - cerca do dobro do depósito a prazo - e ele dizia-me: "Ou aproveitas estas, ou não vais ter outras; e para isso, tens que assinar hoje", recorda.
Esta segunda-feira, aquele profissional liberal, na casa dos 30 anos, voltou a receber um telefonema do banco, para se reunir com a sua nova gestora de conta. Na terça-feira, ouviu a má notícia. "A minha aplicação não tinha transitado para o Novo Banco e, por isso, a perspetiva de perda total é muito elevada", sintetiza.
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