As várias identidades do Douro provam-se nas novidades da Casa Ferreirinha

Douro Vinhateiro.
Foto: DR
Ao refletirem a diversidade do terroir duriense, as novas colheitas de gamas como Vinha Grande, Callabriga e Quinta da Leda, da histórica Casa Ferreirinha, mostram ser "vinhos que não andam atrás de modas".
São "irmãos", quase gémeos, mas as personalidades destas duas novas colheitas da Casa Ferreirinha não podiam ser mais diferentes, exemplos de quão diverso e complexo é o Douro. Ambos têm as mesmas castas - Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz -, o mesmo processo de vinificação, com estágio de 12 meses em barricas de carvalho francês usadas, e mesmo ano de vindima. A diferença está no terroir, com o Vinha Grande Tinto 2023 feito a partir de vinhas no Cimo Corgo, até 600 metros de altitude, e o Callabriga 2023, um tinto produzido no Douro Superior, em videiras plantadas a 100 a 300 metros de altitude. No caso do primeiro, temos um resultado "mais floral, com fruta mais vermelha" e no segundo temos um blend "mais rústico, mais gastronómico, com mais fruta negra", mas ambos têm "boa longevidade", explica Lourenço Charters, enólogo que integra desde o ano passado a equipa liderada por Luís Sottomayor. "Cada um destes vinhos representa um Douro diferente", acrescenta.

