O Dia Europeu da Cultura Judaica assinala-se no domingo, 7 de setembro, no Porto, com uma programação que permite visitar locais como a Sinagoga Kadoorie Mekor Haim, o Museu Judaico do Porto e o Museu do Holocausto. Cinema, arte, música e palestras têm destaque
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A 7 de setembro, Dia Europeu da Cultura Judaica, as principais instalações da comunidade no Porto abrem portas aos habitantes, de forma gratuita. Para Gabriel Senderowicz, Presidente da Comunidade Judaica do Porto, a programação permite "ampliar a conexão do povo judaico com o público da cidade", sublinhando a sua presença histórica em Portugal.
A programação arranca às 12 horas com a atuação do coro Mekor Haim na sala principal da Sinagoga Kadoorie Mekor Haim. As canções interpretadas em ladino, hebraico e iídiche são acompanhadas por explicações em português.
A galeria de pintura do templo recebe uma exposição de grandes dimensões que retrata a presença das comunidades judaicas na Invicta ao longo dos séculos. Aliado à arte, a biblioteca Rosh Pinah reúne milhares de publicações em diferentes idiomas.
A exposição da história judaica expande-se geograficamente no Museu Judaico do Porto, que recebe uma mostra sobre a história destas comunidades dentro e fora do país.
Mantendo o tributo e reconhecimento do percurso das comunidades judaicas em território nacional, o programa apresenta três filmes que registam "a história e cultura do povo judeu", refere Gabriel Senderowicz.
As exibições iniciam-se às 10.30 horas com "As 2000 crianças judias exiladas", projeto da Comunidade Israelita do Porto, que retrata as crianças judias arrancadas aos pais, em 1493, e enviadas para a ilha de São Tomé, depois de convertidas ao catolicismo.
Segue-se o breve documentário "1506- O genocídio de Lisboa", pelas 11 horas, que aponta as causas e eventos do massacre de judeus em Lisboa em 1506. No final, Paulo Mendes Pinto, especialista em História das Religiões, protagoniza uma palestra.
A tarde fica marcada pela exibição de "A luz de Judá", pelas 15 horas, um documentário sobre a vida dos judeus no Porto, finalizado com um comentário de César Santos Silva, docente de História do Porto, Portugal e Contemporânea.
Contactando com as memórias vivas da época do Holocausto, o Museu do Holocausto permite aos visitantes dialogar com os descendentes de judeus sobreviventes e falecidos.
Às 15 horas decorre uma conferência sobre a procura do paradeiro de Sewusia Fajwlowicz, criança judia polaca desaparecida durante a Segunda Guerra Mundial, apresentada por Yosef Lassman, sobrinho da visada.
A entrada é gratuita.