Seis meses depois do marido, Nicolas Sarkozy, deixar a presidência francesa, Carla Bruni confessa que foi "tratada com crueldade depois da gravidez" e ainda deixa conselhos à sucessora.
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Carla Bruno volta a ser destaque da edição francesa deste mês da revista "Elle", quebrando o silêncio para falar do tempo em que foi primeira-dama e das dificuldade com que se deparou.
"Até agora, a minha posição não me permitia falar com liberdade. Agora já o posso fazer", referiu à publicação, acrescentando que ficou magoada com os ataques pessoais que lhe foram dirigidos, especialmente os que visavam a sua aparência depois de ser mãe da filha mais nova, Julia.
"Depois de uma gravidez, uma mulher fica cansada, sobretudo aos 43 anos. Não tive qualquer clemência e fui tratada com crueldade. Foi período difícil, pois queria apoiar o meu marido na campanha e, ao mesmo tempo, não queria sair de casa, não queria que me tirassem fotografias, sentia vontade de chorar de tão cansada, estava frágil", partilhou.
O esgotamento foi tal que chegou a uma fase em que só lhe apetecia chorar de cansaço: "Só me sentia bem em família e o contraste entre a tranquilidade da vida em casa, com o bebé, e a brutalidade do mundo exterior foi violento".
Durante a conversa, a ex manequim e cantora também deixou conselhos a Valérie Trierweiler, sugerindo que o seu papel sairia facilitado oficializando a relação com o atual presidente francês, François Hollande.
"Falo da minha experiência e acho que é mais fácil ser a esposa legítima do chefe de Estado do que a sua companheira", afirmou Carla que considera a situação de Valérie "é um pouco vaga o que não é aconselhável".
E explicou: "A presidência da República é um cargo oficial que implica obrigações oficiais. Posso estar enganada, mas pessoalmente sinto que a inquietude geral a meu respeito acalmou quando me casei com Nicolas".