A atriz alemã Emma Loman acusa o produtor de cinema norte-americano Harvey Weinstein de abuso sexual. O episódio terá ocorrido há 12 anos, durante o Festival de Cinema de Cannes, em França.
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A intérprete alega, numa denúncia apresentada, esta segunda-feira, no tribunal federal da Califórnia, Estados Unidos, que o magnata a aliciou com um papel num dos seus filmes, convidando-a para viajar até Cannes a fim de discutir o assunto.
Conta a revista "The Hollywood Reporter" que Loman hesitou, mas que acabou por aceitar após constantes tentativas de contacto por parte de Weinstein e do seu assistente - terão chegado a 30 telefonemas diários. A reunião decorreu, relata a alegada vítima, no hotel em que o produtor cinematográfico estava instalado.
"Ao chegar à suíte de Weinstein, ele rapidamente abandonou o seu lado profissional. Dominou-a e violou-a. Chocada e traída, Loman não sabia o que fazer. (...) Ele tratou o abuso sexual como um componente padrão dos seus negócios", escreve o advogado Joseph Ferrucci na queixa apresentada.
Nesta nova alegação, o produtor de cinema é ainda acusado de garantir o silêncio da suposta vítima, comportamento que lhe é também associado por outras vítimas.
A carreira de Weinstein ficou destruída em outubro do ano passado, após dezenas de atrizes virem a público denunciar o magnata de assédio e abuso sexual. Muitos dos casos estão entregues à justiça.