Uma entrevista rara que acontece após um silêncio de cinco anos. Constantemente na ponta aérea Lisboa-Paris, são poucas as declarações de Margarida Marinho aos jornalistas, mas a atriz abriu uma exceção para falar ao JN, à margem da inauguração da loja Maison Christian Dior no El Corte Inglés, em Lisboa.
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E aceitou comentar o seu casamento em segredo com o financeiro francês Laurent Saglio. "Já namoro há alguns anos, não é desde 2007, como se escreveu, mas sim, temos anos de relação. Não queria especificar a data porque isso poderia causar embaraço. Estava solteira quando conheci o meu marido!", brinca a atriz, mostrando boa disposição.
O casamento surge aos 56 anos, depois das relações com o realizador João Canijo e o arquiteto Ricardo Zúquete. "Faz sentido celebrar as relações desta maneira, enquanto não inventarem outra... Casa-se com a convicção de que todos os dias são e serão muito bons. Vamos navegando com a ondulação e, quando há saúde e imaginação, há muito que se consegue fazer mais ou menos bem". O casamento foi em França. "Para já, casámos em Paris, mas é válido em Portugal, estamos na União Europeia", ironiza.
Longe das novelas desde 2015, Margarida Marinho garante que não está "desaparecida em combate" na ficção nacional, até porque integrou a série "Sul" da RTP1 e fez telefilmes. Em janeiro regressa ao teatro. "Estamos quase a estrear no dia 10 no São Luís uma encenação da Fernanda Lapa que se chama "Sem flores nem coroas". Vai estar em cena até dia 19. Não é muito tempo, por isso, aproveitem", desafia a atriz. A peça conta com os atores João Grosso, Carolina Amaral, Pedro Russo, Elsa Galvão e Rita Paixão e "é sobre o fim do império português em Goa, na Índia".
E novelas? "O teatro é diferente das novelas. Estou muito dedicada e concentrada num determinado texto e faço questão de não aceitar outro trabalho, porque iria concorrer em tempo. Tenho respeito pelo trabalho em televisão, seja novela, série, ou telefilme, mas não há tempo físico para conseguir estar em pleno. No teatro posso respirar o texto, o que não consigo fazer noutros suportes artísticos", explica. Entretanto, Margarida Marinho está a terminar um livro infantojuvenil, a ser lançado no próximo ano.