Margarida Moreira não pode estar mais satisfeita. O ano que acabou foi generoso e deu-lhe oportunidades para dar largas ao seu talento; o que agora começa promete alegria com o regresso da atriz aos palcos e gravações da nova série da RTP "As cinzas da mãe", realizada por José Farinha. Anteontem, soube que está nomeada, com a irmã, a atriz Anabela Moreira, nos prémios do blogue CinEuphoria, para a categoria de "melhor atriz secundária" em "Diamantino", filme premiado em Cannes.
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Ainda em gravações para a série que deve estrear no canal público no verão, Margarida prepara-se para voltar a ser a Eva irreverente da peça de João Ascenso. "Adão+Eva: a experiência", que já esteve em palco em Lisboa, começa, no dia 31 e no Auditório Pedro Ruivo, em Faro, uma digressão pelo país que abrange Ponte de Lima (22 de fevereiro) e Porto (18 e 19 de abril).
Ao lado de Ricardo Barbosa, o "Adão", Margarida vive a pele de uma mulher que, depois de expulsa com o marido, do "Centro de Pesquisas Éden", entra em choque de interesses, com ele a ser pacato e ela a querer conhecer tudo.
Se "Diamantino" é para a atriz "um marco e uma obra-prima", o papel de "Joana" na novela da TVI "A teia" foi um desafio porque a obrigou a aprender linguagem gestual. "Foi cansativo , mas muito positivo. Durante seis meses dormia três horas por dia. Tinha de decorar textos de um dia para outro. Foi uma grande responsabilidade", disse Margarida ao JN.
Depois de ter a "ilusão de fazer muito cinema" , a artista divide-se entre teatro e televisão, considerando que um "ator é como um canalizador: tem de saber fazer tudo". Ainda sem filhos, a atriz confessa-se orgulhosa da geração mais nova que luta contra o conformismo. "Ver uma Greta [Thunberg] a inspirar os outros a fazer alguma coisa deixa orgulho".