Os cientistas indianos que estão a comandar a missão Chandrayaan-3 estão com dificuldades para conseguir comunicar com a sonda enviada para a lua em agosto. A Vikram está em modo noite desde o dia 2 de setembro para proteger os seus componentes elétricos das gélidas temperaturas, mas ainda não voltou a despertar.
Corpo do artigo
Depois da aterragem histórica no polo sul da lua, no dia 23 de agosto, a sonda recolheu durante uma semana informações sobre o solo lunar e enviou imagens para os cientistas da Organização Indiana para a Investigação Espacial (ISRO).
No dia 2 de setembro, os responsáveis pela missão tiveram de colocar o aparelho a hibernar durante duas semanas, uma vez que a parte sul do satélite natural da Terra entrou no período de noite lunar e era necessário proteger os componentes elétricos do aparelho dos 250 graus negativos.
Nessa altura, a ISRO garantiu que a bateria estava totalmente carregada e que o despertar da sonda seria no dia 22 de setembro.
Contudo, os cientistas não estão a conseguir entrar em contacto com o veículo e a esperança de serem bem-sucedidos está a diminuir, prevendo-se 50% de hipóteses da Vikram recuperar, avança o diário britânico "The Guardian".
A organização que está a comandar a missão anunciou a falha no contacto através da rede social X, antigo Twitter, na sexta-feira, numa publicação em que refere que "os esforços para estabelecer contacto vão continuar" até dia 30 de setembro, altura em que começa a próxima noite lunar.
Apesar do possível revés, a ISRO ressalvou, antes de colocar o Chandrayaan-3 em modo de repouso, que a missão já era um sucesso e já tinha atingido os principais objetivos.
“Se não acordar [o aparelho] vai ficar na lua como emabixador da Índia", afirmou a organização citada pelo "The Guardian".
A Índia foi o primeiro país a conseguir aterrar um engenho espacial no polo sul da Lua, uma zona que ainda não foi explorada e onde poderá haver grandes quantidades de água gelada.