Os magistrados no Ministério Público (MP), que se reúnem este sábado no XII Congresso nacional do sindicato da classe, estão na expectativa em relação à nomeação de Catarina Sarmento e Castro como nova ministra da Justiça, mas garantem colaboração, desde que haja diálogo.
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"Desconhecemos qual o verdadeiro conhecimento que a recentemente indigitada ministra da Justiça tem sobre a área que vai tutelar. Da nossa parte podemos dizer que se for capaz de ouvir os representantes do setor da Justiça, entre os quais o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), estamos dispostos a colaborar no sentido de fazerem as reformas que são necessárias e se resolverem os principais problemas da área da Justiça", disse ao JN Adão Carvalho, presidente do SMMP. A declaração foi feita pouco antes do arranque do XII Congresso, que este ano aborda temas como a autonomia, a responsabilidade, a qualidade e a cidadania.
Até Vilamoura, no Algarve, foram cerca de 400 magistrados no MP que se deslocaram para ouvir convidados como o António Lobo Xavier, Francisco Louçã, Joana Marques Vidal e Maria José Morgado.
"Os congressos são desde sempre momentos importantes para o Ministério Público porque reúnem magistrados de todo o país. Aqui faz-se uma reflexão sobre a atuação do Ministério Público uma avaliação da forma de trabalho que tem sido efetuada, das grandes questões e dos grandes problemas, além de se lançar os objetivos para o futuro, para que o Ministério Público preste um serviço de qualidade", explicou Adão Carvalho.
O Congresso termina no sábado com as presenças da Procuradora Geral da República, Lucília Gago, e do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.