Administrador do Novo Banco suspeito de lavar dinheiro da Guiné-Bissau
Membro do conselho de administração do Novo Banco (NB), Carlos Brandão foi constituído arguido hoje, no mesmo dia em que foi alvo de buscas por parte da PJ e demitido das suas funções pela instituição bancária. É suspeito de usar a sua posição de topo no NB para lavar dinheiro em Portugal proveniente da Guiné-Bissau.
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De acordo com informações recolhidas pelo JN, Brandão serviria como uma plataforma de branqueamento de capitais suspeitos e a sua posição, com altas responsabilidades no sistema de prevenção da lavagem de dinheiro do NB, permitiria maquilhar as contas para evitar deixar rasto. O dinheiro vivo entrariam em Portugal por vias que ainda serão apuradas pela investigação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e seria disseminado por múltiplas contas bancárias pelo administrador.
O banqueiro, que seria remunerado pelos seus serviços ilegais, acabou por ser denunciado ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal pelo próprio banco que detetou operações suspeitas. Esta terça-feira, numa comunicação à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o NB fez saber que destituiu "com justa causa" Carlos Brandão.