Advogado usou mãe na contestação de 125 multas para as fazer prescrever
Um advogado de Castelo Branco foi condenado, esta semana, numa pena de prisão de cinco anos, suspensa por igual período, por 116 crimes de falsificação, nove de falsificação de documentos e 125 de denúncia caluniosa. Na contestação de contraordenações rodoviárias, usou o nome da mãe para as fazer prescrever.
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O Tribunal de Castelo Branco condenou ainda o arguido, Luís Pires, a pagar 6929,68 euros pelos crimes praticados entre março de 2018 e janeiro de 2021.
Segundo o acórdão, o causídico pedia aos clientes que lhe enviassem as notificações das contraordenações, cobrando-lhes metade do valor mínimo da coima aplicável à infração rodoviária que estivesse em causa. A contestação era preenchida e assinada pelo próprio, ou por algum colaborador a seu pedido, com os dados da sua mãe (do advogado).