Os dois advogados de Rui Pinto, o jovem acusado na quinta-feira de 147 crimes informáticos e de tentativa de extorsão, garantem que o Ministério Público quer silenciar o alegado pirata para evitar que este colabore com investigações de outros países e de ter "branqueado" o Benfica.
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Num comunicado enviado as redações, Francisco Teixeira da Mota e o francês William Bourdon garantem que "com a acusação agora tornada pública e o pedido de manutenção da prisão preventiva, confirma-se a vontade do Ministério Público de silenciar e destruir Rui Pinto, evitando que prossiga a colaboração que vinha mantendo com as autoridades de investigação de outros países", dizem.
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Na mesma nota, os advogados criticam ainda o MP por terem afastado a SAD do Benfica do caso e-Toupeira. "A equipa constituída pelo Ministério Púbico para investigar a criminalidade no mundo do futebol parece estar mais dedicada a perseguir aqueles que a denunciam do que a investigar aqueles que a praticam. A defesa de Rui Pinto lamenta que o Ministério Público, ao mesmo tempo que consegue evitar que a SAD de um clube de futebol seja pronunciada, consegue "descobrir" 147 crimes contra o seu constituinte e enquanto em Espanha a Doyen é objeto de processos fiscais e criminais, em Portugal goza do beneplácito das autoridades de investigação", diz a nota à imprensa.
A defesa do arguido explica ainda que "que a acusação deduzida contra Rui Pinto contém numerosas falsidades, nulidades e ilegalidades a que a defesa irá reagir no processo no seu devido tempo".