Falso inspetor confessou ao coletivo de juízes ter usado cartões, coletes, crachá e mandados de busca forjados para simular buscas domiciliárias da Judiciária
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Nuno N. admitiu ter participado em cinco dos seis assaltos de que está acusado, simulando ser inspetor da Polícia Judiciária (PJ), mas negou que, para tal, tivesse sido delineado um plano em conjunto com outros arguidos no caso. Esta segunda-feira, no início do julgamento no tribunal de Guimarães, pediu desculpa às vítimas e à PJ.
Este arguido e outros cinco indivíduos, com idades entre os 22 e os 55 anos, estão acusados de associação criminosa, burla qualificada, falsificação de documentos, usurpação de funções e sequestro. Diziam ser inspetores da PJ, que estavam investigar os proprietários das luxuosas casas por fraude fiscal, branqueamento ou tráfico de armas, ou droga. Simulando estarem a executar uma busca domiciliária ordenada pelo tribunal, pediam que lhes fosse entregue o dinheiro que tinham e bens de valor. No total, terão roubado cerca de 430 mil euros em bens e dinheiro a donos de moradias de luxo em Paredes, Penafiel, Barcelos, Fafe e Santa Maria da Feira.