Arquidiocese garante que ex-arcebispo comunicou caso de abuso cometido por padre
O ex-arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga comunicou ao Ministério Público, em 2015, um caso de um alegado abuso, por parte de um sacerdote, a uma menor, tendo também aberto um processo interno de averiguações, disse esta quarta-feira ao JN fonte da Arquidiocese de Braga.
Corpo do artigo
A fonte salientou que o caso em apreço, cujos pormenores se desconhecem, tinha ocorrido, à data da denúncia, há mais de 40 anos, ou seja, na década de 70, o que levou o Ministério Público a arquivá-lo.
Do ponto de vista religioso - acentuou a mesma fonte - foi aberto um inquérito, a cargo dos cónegos Valdemar Gonçalves e João Paulo Abreu e do padre João Paulo Alves, nomeados por D. Jorge Ortiga, no final do qual, o sacerdote se mostrou arrependido e pediu para ser dispensado das ordens, ou seja, para deixar de exercer as funções de padre, o que veio a ser aceite pela Santa Sé.
"Não é, pois, verdade que D. Jorge tenha incumprido as suas obrigações, quer como prelado, quer como cidadão", acentuou.
Na terça-feira, o Porto Canal noticiou que o ex-arcebispo não teria comunicado à Justiça, o caso de um padre que confessou ter abusado sexualmente de uma menina em 2015.
Em 2019, foi o próprio D. Jorge Ortiga quem criou a Comissão de Proteção de Crianças, Jovens e Pessoas Vulneráveis da Arquidiocese, por decreto diocesano de 22 de outubro.
Recentemente, o atual Arcebispo, D. José Cordeiro pediu desculpas às vítimas de pedofilia abusadas por padres da diocese.