O Ministério Público arquivou, no início de abril, o inquérito destinado a apurar responsabilidades no caso da concentração de polícias à porta do Capitólio, em Lisboa, em fevereiro passado, durante o debate eleitoral entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, num protesto espontâneo que não estava autorizado.
Corpo do artigo
A procuradora do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa encarregada do inquérito resolveu arquivá-lo sem levar a cabo uma única diligência, segundo avançou "Público" esta terça-feira e confirmou o JN.
“No local não foi possível apurar quem seriam os promotores de tal manifestação. Da mera leitura do auto de denúncia [preenchido pela PSP] é patente a inexistência de indícios que permitam conduzir à identificação dos autores daquela factualidade, não tendo sido identificado qualquer promotor ou manifestante (…), o que se traduz na impossibilidade prática de diligências de inquérito com vista à sua identificação”, adianta o mesmo jornal.
O protesto não tinha sido comunicado às autoridades nem à Câmara de Lisboa. Na altura, os polícias dirigiram-se para o Capitólio após uma concentração que tinha juntado cerca de três mil elementos da PSP e da GNR na Praça do Comércio, junto ao Ministério da Administração Interna, num protesto organizado pela plataforma que congrega os sindicatos da PSP e associações da GNR.