Dezenas de cidadãos asiáticos explorados por contrabandistas de amêijoa japónica abandonaram na quinta-feira os pavilhões onde pernoitaram após terem sido resgatados de alojamentos com condições desumanas, no Samouco, concelho de Alcochete.
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O cenário no Pavilhão Desportivo do Samouco, a meio caminho entre a Base Aérea n.º 6, no Montijo, e a praia fluvial do Samouco, em Alcochete, está longe de ser habitual. É quase hora de almoço de quinta-feira, a temperatura aproxima-se dos 30.º C e, no estacionamento do polidesportivo, surgem periodicamente veículos da Proteção Civil, do Corpo Diplomático de um país asiático e, com mais frequência, de imigrantes tailandeses. A razão para ser assim é fácil de explicar.
Um dia depois de a Polícia Marítima ter, com a colaboração de outros organismos, resgatado 249 imigrantes explorados e alojados em condições desumanas por contrabandistas de amêijoa japónica do Tejo, dezenas de cidadãos tailandeses, malaios e nepaleses começaram a regressar a casa depois de terem pernoitado no Pavilhão Desportivo do Samouco e no ginásio dos Bombeiros Voluntários do Montijo.