Um homem foi detido pela PSP, esta sexta-feira, por suspeita de assaltar duas carrinhas junto ao jardim Rainha Dona Amélia, no Porto. O assaltante foi apanhado por uma das vítimas que deu de caras com o ladrão em fuga, depois de alertada por um vizinho.
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“Ligaram-me a dizer que estavam a assaltar a minha carrinha. Saí a correr da loja e dei de caras com o assaltante. Agarrei-o e imobilizei-o até chegar a polícia”, contou Rui Monteiro, dono da "PowerChav". A viatura, identificada com o logótipo e contactos da empresa, estava estacionada nas traseiras da loja, na rua do Seixal. O suspeito usou uma paralelo para partir o vidro e “fugiu para o lado errado”, em direção a Santos Pousada, onde fica a entrada do estabelecimento, e já não foi mais longe.
“Durante uns 10 minutos tive de o segurar sozinho, no chão”, contou Rui Monteiro. “Só quando a minha mulher avisou que nos tinha assaltado é que outras pessoas se juntaram para ajudar até chegar a polícia”, acrescentou, ainda a fazer gelo numa das mãos e a respirar devagar, cansado da refrega.
Segundo relatos de testemunhas, a PSP demorou cerca de 20 minutos a chegar após o alerta, o segundo, em cerca de duas horas para o mesmo local. Cerca das 16.15 horas, o mesmo homem é suspeito de ter assaltado outra carrinha, com o mesmo método. O barulho do paralelo a partir o vidro ouviu-se no cabeleireiro “Josué e Kiril”, em Santos Pousada, e foi daí que saíram os dois alertas para a polícia, que voltou para uma segunda ocorrência pouco depois de registar a primeira.
“Quando cheguei à carrinha, vi vidros no chão e percebi logo”, contou Luís Cunha, o dono da viatura assaltada por volta das 16 horas, mas que só duas horas depois, quando saiu do trabalho, descobriu o prejuízo. “Levou-me uma mochila e a carteira, com dinheiro e documentos”, lamentou o homem, construtor civil de Canedo, Santa Maria da Feira, a trabalhar num prédio do Porto nas imediações dos assaltos.
Enquanto avaliava os estragos na viatura, Luís Cunha apercebeu-se da confusão no jardim Rainha Dona Amélia, a escassos metros. Aproximou-se e viu o suspeito manietado no chão. “As pessoas disseram logo que era o mesmo que tinha assaltado a minha carrinha”, contou o construtor civil, que relatou aos polícias que fizeram a detenção os pertences que lhe tinham sido subtraídos. “Os papéis que tinha na mochila fazem-me falta para o trabalho”, acrescentou, preparando-se para uma viagem “com ar condicionado à força” até casa, ao frio do início da noite.