A Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) e a Assembleia Municipal da capital estão a ser alvo de buscas, na manhã desta quarta-feira, por parte da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária. Em causa estão crimes de corrupção, participação económica em negócio e ainda recebimento indevido de vantagem, relativos a contratos de consultadoria celebrados entre empresas municipais e juntas com empresas privadas.
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Fonte da EMEL confirmou ao JN a realização de buscas na empresa municipal, sem adiantar mais pormenores. Os inspetores chegaram às instalações da EMEL às 9 horas, ao que tudo indica, para recolher documentação.
As buscas estão a decorrer em simultâneo nas instalações da Assembleia Municipal de Lisboa, onde estão inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção. Fonte daquele órgão autárquico já confirmou ao JN que as instalações são alvo de buscas.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, não estão previstas detenções. Apenas deverão ser realizadas buscas para a recolha de prova.
"Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de recebimento indevido de vantagem, corrupção e participação económica em negócio, relacionados com a celebração de contratos de consultoria celebrados entre empresas municipais da Câmara Municipal de Lisboa e das Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Misericórdia e São Vicente com empresas privadas", precisa um comunicado da PJ.
A Assembleia Municipal de Lisboa também já confirmou as buscas, em comunicado no site, e garante que a Polícia Judiciária "está a contar com todo o apoio dos serviços da Assembleia".
Também a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior confirmou as buscas, explicando que a "Polícia Judiciária procedeu à recolha de documentação, designadamente contratos de prestação de serviços, procedimento que contou com a prontidão e cooperação dos serviços da autarquia".