A PSP de Vila Real deteve um homem que é suspeito de ter incendiado uma mata num bairro da cidade e já tinha sido constituído arguido por atear outro fogo junto aos depósitos de oxigénio do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. Terá agido no primeiro caso porque queria ser preso e no segundo em protesto por lhe ter sido dada alta contra a sua vontade.
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O suspeito, de 48 anos, sem profissão, terá sido hospitalizado na semana passada e no dia 7, apurou o JN, pretenderia continuar internado por não ter trabalho nem fontes de rendimento, tendo ali garantidas alimentação e um local para dormir. Como teve alta, terá decidido atear um fogo a umas paletes que estavam junto aos depósitos do oxigénio, criando uma situação de grande perigo. Foi identificado e constituído arguido.
Ontem de manhã, no entanto, foi detido logo após ter ateado um incêndio junto ao Bairro de Santa Maria, ainda dentro do perímetro urbano. Quando os agentes o detiveram ainda tinha em seu poder o isqueiro e o papel de revista que usara para atear o fogo. Os bombeiros evitaram que das chamas resultassem consequências graves, nomeadamente para as habitações.
Em comunicado, a PSP refere que o homem agiu "aparentemente motivado por mero incendiarismo". Aparentemente, apurou o JN, o homem pretenderia ficar preso, mas foi libertado por um juiz, embora com a obrigação de se apresentar duas vezes por semana às autoridades.
Outros casos
Incendiária arguida - A Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, com a GNR da Trofa, identificaram e fizeram arguida uma mulher por suspeita de atear quatro incêndios florestais, em julho, agosto e já este mês, com um isqueiro. A mulher, de 41 anos, sofre de doença mental.
Dois fogos em minutos - Em Valpaços, a GNR identificou um homem pela autoria de dois fogos florestais no concelho, em poucos minutos, a um quilómetro um do outro.