O autor confesso do homicídio do Fujacal, em Braga, Luís Teixeira ("Max"), que vitimou um jovem de 24 anos, "ilibou" esta quinta-feira o seu coarguido, Diogo Azevedo ("Esticado"). "Terei a pagar o que fiz, mas não é justo ele pagar pelo que não fez", afirmou em tribunal.
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A perspetiva do coletivo de juízes que está a conduzir o julgamento é a de que Luís Teixeira foi o autor dos disparos, enquanto Diogo Azevedo, ao contrário do que diz a acusação do Ministério, não foi coautor do crime, mas tão-só cúmplice. A sentença será lida no dia 12.
Luís Teixeira ("Max") falava no final do julgamento do crime em que, na madrugada de 5 de outubro de 2021, foi assassinado, com dois disparos à queima-roupa, Carlos Galiano ("Pena"), na sequência de divergências relacionadas com um processo de tráfico de droga. O atirador estava de relações cortadas com a vítima, acusando-o de o ter "chibado" nesse caso judicial.
O principal arguido repetiu esta quinta-feira que "nunca" teve "intenção de matar" Carlos Galiano, negando ter ameaçado a vítima ou prometido vingança, "tal como as mensagens então trocadas por telemóvel o confirmavam". "O que agora não é possível provar, pois o inspetor Francisco, da PJ de Braga, não quis analisar o meu telemóvel, que eu lhe tinha dado, entregando-o ao meu advogado", acrescentou.
Nas alegações finais, o Ministério Público pediu condenação de ambos os arguidos, mas sem quantificar as penas. Já a advogada da família pediu a pena máxima de 25 anos de prisão, enquanto o defensor de Luís Teixeira ("Max") solicitou a sua condenação, mas por homicídio simples e não agravado, com o advogado de Diogo Azevedo ("Esticado") a pedir absolvição pura e simples.