O homicídio cometido no Bairro do Fujacal, em Braga, que há um ano matou Carlos Galiano, "não era para ter acontecido", afirmou, durante o julgamento, um dos dois arguidos.
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Diogo Azevedo ("Esticado"), de 24 anos, decidiu dar a sua versão do caso, ocorrido a 5 de outubro de 2021. Segundo explicou, era habitual alguém do grupo "andar sempre armado" devido aos frequentes tiroteios registados no Bairro do Fujacal, em Braga.
Um dos seus amigos, Luís Fernandes ("Max"), também arguido no caso, apareceu, assim, com uma pistola. Diogo, de 24 anos, tinha-se desentendido com Galiano num jantar, poucas horas antes do crime. "Max" assumiu a autoria dos disparos, mas negou ter intenção de matar.
De acordo com Diogo, "aquilo não era para ter acontecido": depois de ter agredido Galiano voltou ao Fujacal, já com "Max", que "só disparou quando Galiano saltou do patamar" do café.
"As coisas precipitaram-se quando o Luís Miguel ("Max") e o Carlos Galiano ("Pena") foram ao encontro um do outro, aquilo não para ter acontecido", afirmou.
"Max" entregou-se à PSP, mas Diogo "Esticado" fugiu para França, tendo sido extraditado. Os jovens enfrentam uma acusação de homicídio qualificado, uma vez que o Ministério Público considera ter existido intenção de matar: os disparos foram feitos à queima-roupa e em zonas vitais.
O julgamento está a decorrer com excecionais medidas de segurança dentro e fora do Palácio da Justiça de Braga, com o Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP) a revistar a sala de audiências antes do início das sessões.