Autarca diz que chamar PJ por causa de atestados de residência foi "remédio santo"

Rede está a ser julgado no Tribunal de Lisboa
Foto: Mário Vasa / Arquivo
Ana Sofia Figueiredo, presidente da Junta de Freguesia de Penha de França, testemunha no Tribunal de Lisboa no processo dos milhares de atestados de residência passados a imigrantes entre 2021 e 2023, com recurso a moradas de fachada, disse que a intervenção da PJ foi "um remédio santo" para travar este fluxo, que já não existe atualmente.
Aos juízes, a autarca contou aos juízes que deu conta do aumento de pedidos de atestados de morada quando houve um pico de imigração na freguesia, a partir de 2021. "Nós somos obrigados por lei a emitir atestados de residência e já chegámos a ser alvos de queixa junto da Provedoria de Justiça por negar um atestado de residência a um senhor que morava numa oficina, mas que acabámos por ser obrigados a emitir. Assim passámos a ter que escolher entre o cumprimento da lei e o bom senso. Afinal eram demasiados atestados passados com as mesmas testemunhas e a mesma morada, uma só morada tinha centenas de atestados e só com a intervenção da PJ deixámos de ter um enorme fluxo de pedidos", garantiu, numa das últimas sessões de julgamento.

